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Apresentação da Semana Play REC

  • camaraescurarevist
  • 24 de nov. de 2020
  • 4 min de leitura

Atualizado: 2 de dez. de 2020

Após reflexões de diversos ângulos sobre a atual conjuntura do audiovisual brasileiro, a primeira edição da Revista Câmara Escura agora lança um olhar para a Semana Play REC que aconteceu nos dias 13, 14, 15 e 16 de outubro nas plataformas online da Universidade Anhembi Morumbi.

A Semana Play REC segue uma tradição originada em 2015, quando alunos de Cinema e Audiovisual passaram a questionar a Semana de Comunicação proposta pelas agências da área na Universidade, concluindo que tal evento generalizado não era o suficiente para os alunos do curso (especialmente por ter pouco espaço para Cinema).

Consequentemente, foi criada a SAUAM (Semana do Audiovisual da Universidade Anhembi Morumbi), onde os primeiros indícios do que seria a Semana Play Rec foram formados. Com convidados especiais de diversas áreas do audiovisual nacional, a semana dos estudantes tornou-se tradição quando deixou de ser SAUAM para virar apenas REC (Reunião dos Estudantes de Cinema). Seguindo a grade curricular da época, os universitários eram capazes de organizar a semana e os eventos que a compunham na aula de Produção em Cinema (lecionada então no 3º semestre).

Dadas as recentes reconfigurações na grade curricular, a matéria em questão foi passada ao 4º semestre e, em 2020, algumas mudanças aconteceram no formato da Semana REC. A primeira delas: não só os alunos que concluíram o semestre com a matéria de Produção podem organizar o evento – a produtora Câmara Escura possui um núcleo voltado apenas para a realização de eventos para o curso, organizado inteiramente por estudantes de diversos semestres. A segunda: agora a semana também é compartilhada com os eventos de Rádio e TV; para celebrar tal união o nome foi reformulado para Semana Play REC, honrando assim ambos os cursos.

Outra ruptura que ocorreu no formato original, mas essa não sendo fixa, é o fato da semana ter sido desenvolvida, apresentada e programada totalmente online em 2020. A ideia, é claro, é sempre confraternizar com os alunos do curso e, portanto, não era o ideal que estivéssemos distanciados. Entretanto, visto os impactos sociais da pandemia, as opções tornaram-se escassas e todas as palestras foram organizadas de forma remota.

Nossos redatores estiveram presentes na maior partes delas e registraram tudo o que aconteceu no evento.

Thiago Winter, que já nos entregou uma crítica de “Zona Árida” na primeira parte da publicação, volta seu olhar para a obra de Fernanda Pessoa. A realizadora nos concedeu uma palestra intitulada “Cinema Independente no Brasil: Novas Realizadoras”, onde comenta sobre seu processo criativo e pessoal na realização de seu filme. Em seguida, Mariana Jorcovix compartilha suas impressões da palestra de Lila Foster, “Curadoria em Festivais e Mostras de Cinema: Mostra de Tiradentes e CineOP”. Como um complemento ao texto de João Cabral, presente na primeira parte desta edição, Jorcovix enaltece a importância dos festivais, bem como um panorama da curadoria como núcleo unificador dos mesmos, enquanto ressalta as opiniões de Foster e suas experiências.

Ao mesmo tempo que a palestra de Foster acontecia, outro evento se desenrolava: Rafael Spaca falava sobre os Trapalhões no audiovisual brasileiro, sendo suas ideias devidamente registradas por João Domingues. Spaca relata suas intenções na produção do documentário sobre o famoso grupo de comédia, e Domingues mantém em seu texto as perguntas feitas por alunos ao palestrante, bem como suas respostas.

Seguindo o escopo no audiovisual brasileiro, Chloé Kipnis reflete sobre as tendências nos serviços de streaming em território nacional, dando especial atenção à plataforma Cardume e as intenções de seus criadores, Daniel Jaber e Luciana Damasceno, que nos contaram mais sobre o projeto durante o evento.

No dia 15, tivemos a exibição de dois TCCs de graduados na Universidade Anhembi Morumbi: “Mamãe Tem um Demônio”, de Demerson Souza, e “O Conforto das Ruínas” de Gabriela Lourenzato. Catarina Bijotti participou de ambas as sessões e documentou o debate subsequente de ambas em seu texto. Além disso, Bijotti nos entrega uma entrevista exclusiva com Souza, onde investiga suas inspirações durante, antes e após a produção de seu premiado filme.

Enquanto isso, Jorcovix cobre o debate que ocorre simultaneamente à sessão dos curtas, dessa vez para os alunos de Rádio e TV, “70 anos de TV no Brasil”, direcionada pelos professores Mauro Alencar e Rodolfo Bonventti sobre toda a trajetória da televisão nacional. Ainda nos temas abordados no dia 15, Ulisses Forattini se dispõe a cobrir a última palestra da noite: “Cinereciclagem”, termo este criado para definir uma estética próxima aos filmes de arquivo, proposto e debatido por Joel Pizzini. Forattini analisa a obra do diretor e palestrante sob um olhar cirúrgico, como em um artigo científico.

Para o último dia da semana, 16 de Outubro, temos três palestras que partem para três direções diferentes: a primeira, com uma atenção maior para o estrangeiro, “História do Cinema Japonês”, foi ministrada pelo professor Leandro Caraça e coberta por Marcela Akemi, que relata muito bem os temas abordados no evento, além de levantar um material impecável sobre eles. A segunda, voltando o olhar para o Cinema Independente Brasileiro, foi uma conversa ministrada pela ilustre presença de Adirley Queirós. Gabriel Higa e Forattini juntam-se para cobrir o evento, investigar sobre a carreira do diretor e fornecer um texto que poderia muito bem ser incluído na primeira parte desta publicação, vista a importância dada ao audiovisual independente nacional.

Por último, Akemi finaliza nossa edição com a última palestra da semana Play REC: “Motion Design e Animação”, com o convidado Fábio Acorsi, abordando o uso criativo e alternativo de animações no audiovisual e contextualizando ao leitor sobre a carreira do palestrante.

Mais uma vez, não poderíamos deixar de agradecer aos alunos que participaram da semana e tornaram esse momento especial mesmo remotamente. Esperamos que os textos produzidos aqui sirvam como um complemento às palestras incríveis que tivemos o privilégio de assistir e que seja o primeiro de muitos registros acadêmicos a serem feitos sobre a nova e reformulada Semana Play REC!


De novo... Aproveitem!


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