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Cinema Independente Brasileiro

    É com muito prazer que a produtora Câmara Escura apresenta a primeira edição de sua revista eletrônica, planejada e desenvolvida por alunos de Cinema e Audiovisual da Universidade Anhembi Morumbi. 

   O tema unificador da primeira publicação não poderia ser outro se não O Cinema Independente Brasileiro. Não apenas por se tratar de um mercado de trabalho que nós, alunos, pretendemos fazer parte e contribuir com nossas próprias visões, mas também pela necessidade inerente de se democratizar as informações de nosso próprio audiovisual: qual é a identidade, se é que há uma, de nosso cinema hoje? Como se faz cinema no Brasil, hoje? Quem faz cinema no Brasil, hoje? 

     Para “início de conversa”, o texto que abre nossa edição, realizado pelos alunos Catarina Bijotti e Gabriel Higa, opera tanto como um registro histórico como também um retrato do audiovisual brasileiro contemporâneo. Não apenas citando os filmes que marcaram nossa trajetória, como também os projetos governamentais e caminhos alternativos que foram abordados por diversos realizadores, produtores e “políticos” no país: uma heterogeneidade imprescindível para entender e desconstruir a “síndrome de vira-lata” que acredita que os melhores filmes vêm do exterior ou que o cinema brasileiro está sempre relacionado a uma mesma estética ou tema. 

    Em seguida, tendo em vista o cenário atual não só do audiovisual mas também dos impactos sociais da pandemia, João Cabral expressa a importância dos festivais para os realizadores e consumidores brasileiros, bem como o formato que tais eventos adotaram durante o período de quarentena: formato este que abre a oportunidade de ser acessado por mais pessoas espalhadas por toda a região nacional, mas que sofre por não envolver as salas escuras – ambiente intrínseco à sétima arte. Seguindo esse raciocínio, Diego Goes traz sua perspectiva em relação ao futuro, com base nas últimas decorrências do COVID-19 e como eles afetaram a captação de recursos e meios de se consumir cinema no ano de 2020, usando seu olhar cirúrgico para tentar alcançar algum sinal que defina como nosso audiovisual vai estar ao fim desse momento de muita cautela.

    E por falar em calamidade, Higa retorna com um texto sobre todo o processo que decorreu em torno da Cinemateca Brasileira, não só explicando o passo a passo que levou uma de nossas mais importantes instituições ao limbo, mas também expressando a importância da mesma para quem atua na área e para o país, de forma geral. 

   Antes da primeira parte da revista ser concluída, Higa nos entrega ainda um terceiro texto: uma reflexão sobre Sertânia (2019, de Geraldo Sarno), comentando sobre os aspectos técnicos e como os mesmos constroem um reflexo brutal de um país e seu povo que é violentado há décadas. Thiago Winter também nos oferece sua leitura pessoal, mas com os olhos em Zona Árida (2019, de Fernanda Pessoa). Dessa vez, o filme de Pessoa olha para o brasileiro através de uma experiência mais íntima, mas não menos identificável, e, de certa forma, estrangeira: o latino-americano na terra estadunidense. Finalizando a sessão de críticas dos redatores da revista (ainda temos os textos enviados por alunos), Akemi escreve sobre Mate-me Por Favor (2015, de Anita Rocha da Silveira) e sua estilização do amadurecimento feminino. Apesar da diferença nos temas, os três conseguem extrair o melhor de todos os filmes: o experimentalismo presente em sua forma, e como ele dialoga com quem os vê. 

    Outros redatores da primeira edição são Mariana Jorcovix e Ulisses Forattini. Ambos produziram textos para esta publicação, especialmente na segunda parte (onde é falado sobre as palestras e eventos desenvolvidos na Semana PlayREC da Universidade Anhembi Morumbi). A editoração da revista também possui na equipe Chloé Kipnis, Mariana Peixoto, Luiza Lippo e Felipe Bernardes. 

   E, é claro, não poderíamos esquecer de citar (e agradecer) os alunos da graduação e pós-graduação de Cinema e Audiovisual, e Rádio, TV e Internet, que nos enviaram materiais para a realização da revista! Esperamos que na próxima edição tenhamos a chance de criar um diálogo ainda maior com a comunidade estudantil, e que dessa relação floresça um senso de coletivo importantíssimo para nosso meio, como bem é apontado nos textos aqui desenvolvidos. 

Aproveitem! 

Comissão Editorial da Revista Câmara Escura

São Paulo, novembro de 2020

Índice

Catarina Bijotti e Gabriel Higa

João Cabral

Diego Goes

Gabriel Higa

Gabriel Higa

Thiago Winter

Marcela Akemi

Felipe Bernardes

Thiago Winter

Mariana Jorcovix

João Cabral

Chloé Kipnis

Catarina Bijotti

Catarina Bijotti

Mariana Jorcovix

Ulisses Forattini

Marcela Akemi

Gabriel Higa e Ulisses Forattini

Marcela Akemi

Lucas Gonçalves Rangel

Vitória Oliveira Flamarion Pires

Lucas Behrmann Mineo

Murilo Bronzeri

Lucas Behrmann Mineo

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